Presidente da OAB-Goiás estaria cometendo um ato de tergiversação ao defender o Ipasgo
De acordo com informações obtidas com exclusividade pela redação do Jus Real, o presidente da OAB-Goiás, Rafael Lara, iria advogar para o Ipasgo. Contudo, a negociação foi vetada pelo governador Ronaldo Caiado que, na quarta-feira (16), suspendeu o contrato de R$ 9 milhões firmado pelo Ipasgo Saúde com o escritório Lara Martins Advogados, do presidente da OAB, Rafael Lara.
O que poucos sabem é que o escritório de Lara prestou serviço ao Hospital São Francisco em uma causa contra o Ipasgo. Caso fosse advogar para o Ipasgo, Rafael Lara estaria cometendo um ato de tergiversação, que nada mais é que um crime praticado por advogado que defende ao mesmo tempo, em um mesmo processo ou em processos conexos, o autor e o réu.
O processo do Hospital São Francisco contra o Ipasgo está disponível abaixo:
O crime de tergiversação, que o código também chama de patrocínio simultâneo, está previsto no mesmo artigo 355, no parágrafo único. Também é uma espécie de traição aquela praticada pelo advogado que aceita defender, na mesma causa, partes que estejam em conflito, faltando com seu dever profissional.